quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Malandragem#9



 Um dos blogs mais acessados do Brasil, e grande referência em Publicidade, o Brainstorm#9, está se utilizando de táticas sujas para gerar acessos e, consequentemente, receita.

O blog, de um jovem publicitário, ficou conhecido por mostrar antes de todos os outros o que anda acontecendo no mundo da propaganda. Novas tendências, novas campanhas e inclusive críticas quase sempre certeiras fazem parte do repertório.



Eu, que sempre vejo defeito em tudo, admirava o Brainstorm#9 como exemplo de profissionalismo e bom senso na web. Continuo sem questionar o conteúdo real do site, mas um especialista em web me mostrou que o blog está agindo sem ética na web.





Aproveitando-se do alto pagerank do blog (que você pode calcular por aqui), o responsável plantou notícias falsas no domínio, com palavras-chave poderosas como "fotos-juliana-knust-nua-na-playboy" e "episodios-completos-de-naruto-para-download", para lucrar com a tara. Pode clicar para ver. Ou você cai em uma página sem conteúdo, mas repleta de links patrocinados, ou com alguma notícia retirada da wikipedia, também mergulhada em links. E como quem está buscando essas coisas ou é um tarado leigo ou um jovem alienado, a chance dessa pessoa clicar em qualquer anúncio é enorme. No link para baixar o Naruto, repare na quantidade de trouxas felizes interagindo nos comentários.

Ok, muita gente está poluindo a web e atrapalhando o usuário a encontrar o que ele realmente procura, mas uma pessoa capaz de produzir conteúdo de qualidade, a ponto de se tornar referência em internet e publicidade em geral, se utilizar desta artimanha vil, é um absurdo.






A credibilidade do conteúdo real do Brainstorm#9 dificilmente será abalada por um ato de ganância, entretanto, uma coisa dessas arranha sua ética.

Quem deveria estar fazendo isso era o Vamos Falar Mal, mas aqui, quando você chega buscando "lésbicas seminuas", você realmente vê lésbicas seminuas (ou alguma pincelada sobre elas), mesmo que de maneira quase comportada, e em meio a quinhentas propagandas ruins, ou até ilustrando as mesmas. O problema do #9 foi o descaramento.

Agora vou encerrar o post e escrever algumas tags verdadeiras. "Malandrinhas", por exemplo:

Post novo...

...e de duplo sentido.







Deu pra entender que o duplo sentido é duplo também?

Ruim né?

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

A velha e boa maneira de fazer comercial

Já deve estar quase deixando de ser veiculado, mas cada vez que passa, eu gosto mais do comercial do Space Fox.

Eles utilizaram de maneira brilhante fórmulas clássicas de propaganda. Um bicho de estimação inteligente, divertido e amigo, o "cachorro peixe", belas paisagens e um ator feio com cara de engraçado, tudo ao som do clássico Stand by me. De arrepiar e deixar todo mundo com vontade de comprar o carro.

 

Além de um lindo comercial, é um belo exemplo de que quando se cria pensando na aprovação do público, e não do cliente, os resultados são muito melhores. E a Volkswagen também tem um enorme mérito. Certamente custou caro para dar vida ao mascote, que parece não ter nada de virtual. Eles devem ter se segurado  para não "pedir" algo no clima Fábio Júnior,  como comerciais da Fiat (ou deveria se chamar "jequiti"?), ou na onda pós-moderna, nada "bacana" que a a Ford adotou para lançar o seu grotesco KA.

-Repararam no cachorro peixe mijando em uma pedra no fundo do mar?

-Repararam no finalzinho, quando ele come sua ração que está na mesinha dobrável do banco de trás?

-Você já se emocionou com propaganda on-line? Essa por exemplo, se transformaria em algo do tipo "Passe o mouse e transforme o peixe em cachorro". Não existe nada mais frio que a web.

-Também acham ridículo a VW adotar a alemão e assinar "DAS AUTO"?



Eu nunca tinha visto um comercial postado no youtube com tantos comentários positivos. Muita gente querendo um bicho igual, outros querendo encontrar essa versão de Stand by me (que aliás, está realmente difícil de achar) e puquíssimos críticos, que nem sabe o que estãos falando.

Alguns comentários:

"Mt bom o comercial, c/ certeza o melhor do ano!!!"

"Que propaganda bacana. Finalmente algo criativo realmente no mundo da tv. Quero um cachorro peixe!!!!"

"foda, mto foda...quem teve a ideia e tbem quem fez a computação tem q ganhar mta grana mesmo...parabens..."

"Ta dificil descobrir quem canta essa versão de Stand By me. Muito boa. Quen souber avisa. E eu me amarrei nesse comercial!"

Depois de olhar a ficha técnica, mais alguns comentários:

-Tinha que ser da AlmapBBDO.

-Gustavo Sarkis e Renato Fernandez, criadores da campanha, devem usar adidas e óculos com armação de aro grosso, mas fizeram o melhor comercial do ano.

-Uma pena o comercial ter sido dirigido e animado por argentinos, da Rebolucion e da Bitt Animation, respectivamente. O trabalho ficou ótimo, e talvez tenha ficado bom justamente por não ter sido feito no Brasil. Por aqui colocariam uma imagem amarelada e músicas sem sentido, como nos comerciais do Kuat e da Motorola. Tiraram os méritos do Brasil, mas estão de parabéns.

-"O hotsite que entra no ar na próxima segunda-feira (8), mostrará o SpaceFox em seus detalhes e acessórios.". Aposto que vai levar meia hora para terminar a droga do 'loading'.

Depois desse comercial, eu acredito que a publicidade tem salvação.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Propaganda sincera

Lendo um jornal dos nossos vecinos, vi um anúncio do tipo que não estamos acostumados a fazer ou ver por aqui.

Guardadas as devidas proporções, me fez lembrar do filme Crazy People - Muito Loucos, que conta a história de um publicitário que começa a dizer a verdade nas propagandas, é demitido, internado, e juntamente com os colegas de hospício, começa a fazer sucesso e atrair clientes com suas sinceras pérolas publicitárias.

Eu acredito que dizer a verdade pode dar muito certo.

Dizer para voar em tal compahia aérea porque seus aviões caem menos que dos concorrentes pode dar certo. Dizer para as pessoas comprarem em tal site, que apesar de ter a entrega mais demorada, entrega os produtos sempre sem defeitos, pode dar certo.

Fazer isso é se mostrar uma empresa humana, que apesar de ter defeitos, como todas as outras, possui qualidades. Encontrar coragem para fazer isso é que é complicado.

Direto do "El Mercurio de Valparaíso":



Mas realmente interessante é a manchete do jornal.

ps: A propaganda de varejo em espanhol, para garantir a "cafonice vendedora" da "peça", acaba utilizando muito mais pontos de exclamação que os nossos varejeiros.

domingo, 30 de novembro de 2008

Direto do intervalo do Fantástico

Vai ao ar na Globo daqui a pouco, depois do Faça sua História (aquele seriado até mais ou menos, com o Vladimir Brichta e a Carla Marins), a 30ª edição do Prêmio Profissionais do Ano.

O programa será "especial", e vai mostrar momentos e campanhas históricas da publicidade brasileira nas últimas 3 décadas. Pelo menos é o que dizem. Já nas chamadas para a "atração" deu pra perceber que a festa vai ser Olivetto pra cá, Nizan pra lá, Serpa para aculá e uma profusão de dinossauros que insistem em habitar a crosta.

O melhor que faço é me afastar da TV e ir dormir.

E o resultado? Saiu tem tempo.

domingo, 23 de novembro de 2008

Repórter Celular

Lugares, pessoas, coisas e animais fotografados pelo meu celular nos últimos dois meses, com descrição mais ou menos ordenada das fotos.

Churrasqueira cinzeiro em uma festa de HalloweenPiscina com balões coloridos, nesta mesma festa. Vitrine com camiseta assassina.  Chafariz no Setor Bancário Sul. Amigo cachorro se refrescando no Parque da Cidade.  Amigo gato. Promoção maluca.  Insteto chorando a morte de amigo. Gustavo Kuerten.  Vista do Brasília Alvorada Hotel. Sinal fechado, a vida goianiense.   Cartaz ensinando bancários a lavarem as mãos. Agito no Gates. Frase de porta de banheiro em Goiânia. Zouk no Caribeño. Primavera em Brasília. Onde está o Congresso Nacional?

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segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Uma verdadeira pérola da propaganda

Bingo! Eu gostei desta. Da McCann Erickson de Santa Cruz, Bolivia.


O anúncio, bom ou ruim, é o menos relevante deste post. O interessante e grotesco foi descobrir que existe uma McCann Erickson em Santa Cruz de la Sierra. Pensava que tal lugar só servia para a seleção brasileira fazer uns amistosos na altitude de vez em quando.

Viva a criatividade dos súditos de Evo Morales.

Ficha técnica:

Advertising Agency: McCann Erickson, Santa Cruz, Bolivia
Creative Directors: Alejandro Guzmán, Daniel Terrazas
Art Director: Daniel Terrazas
Photographer: Daniel Lama
Published: August 2005

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Animais

Apesar de separar o lixo, utilizo sacolas plásticas a mil e gasto mais de 15 copos plásticos por dia. Escovo os dentes com a torneira aberta e tomo banhos demorados, com a chave sempre no inverno.

Uma postura nada sustentável.

Talvez o único jeito de conscientizar pessoas como eu seja chocando, dramatizando o já dramático cenário.

E claro, de maneira muito bem pensada e produzida. Foi o que a portuguesa Quercus - Associação Nacional de Conservação da Natureza - encomendou à McCan Erickson Portugal. O resultado foi este vídeo:


Stop Global Warming. If you give up, they give up.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Jornalistas escrever tão bem

De uma notícia do Estadão:

"Ao longo dos anos, Charles defendeu várias causas, algumas delas polêmicas, incluindo caça e medicina alternativa. Ele também tem falado abertamente sobre a necessidade de o governo e empresários fazer mais para combater a mudança climática."

PS: Segundo comentário recebido, o suposto erro não é errado. Mas como gostei muito do título, vou deixar o post aqui, mesmo que o errado seja eu. Agora, certo ou não, que são feias concordâncias assim, não tenho dúvidas.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Vamos jogar um "futebas"?

Precisei dar um print screen no site da GM, vulgo Chevrolet. Em uma "TV Flash" anunciando o Meriva 2009, bem no meio do site, uma palavra se destaca.

Pode ser piada interna, parte de alguma campanha pouco divulgada, ou simplesmente deixaram um perna-de-pau escrever e um revisor frangueiro deixou passar.

Mas é isso aí, o futebas é uma caixinha de surpresas.



Pode conferir, ainda está lá, no número 3.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Indignação

Hoje profanaram o básico da publicidade, e tentaram me convencer que estavam certos.

Após uma dicussão estúpida, fui colocado dentro de uma sala de RTV de uma agência de propaganda, por meio de um celular no viva-voz, para toda a equipe me dizer, em alto e bom som:

-Jingle é só para rádio!


Como pode uma pessoa que trabalha em uma agência de propaganda pensar um absurdo desses? Como pode uma equipe inteira ter coragem de dizer isso, ainda mais a um publicitário??????????????????

Será que eles nunca viram o comercial dos mamíferos da parmalat, ou nunca cantarolaram "me dá, me dá, me dá, me dá danoninho, danoninho dá" ou "pipoca na panela, começa a arrebentar, que sede que dá" ???????????

A única deslculpa que essas pessoas podem tentar dar é que criaram uma convenção em sua agência, pra facilitar alguma coisa, sei lá, mas caso seja isso, que tivessem guardado pra eles esse "conceito" de jingle.

Não precisa ser publicitário pra saber o que é um jingle. Não precisa conhecer a história da W/Brasil ou da DPZ, não precisa sequer ser um ser humano médio.

Mesmo que ultimamente eles não façam tanto sucesso, a importância dos jingles na comunicação e indiscutível, e eles ainda estão fazendo história. Que o digam os políticos, que o diga o presidente Lula, que fazia as messas petistas se arrepiarem ao som do JINGLE "Lulalá, que tocava em comerciais, carros de som e até, para a alegria dos burros, nas rádios!

Qualquer um que teve infância ou que hoje assiste two and a half man, sabe que um jingle não é restrito a nenhum canal de comunicação. Do carro da pamonha à BBC, todo mundo pode ter e veicular o seu ou o dos outros.

Acho que o pessoal do RTV e a tal pessoa que acreditou neles, não fizeram como o porco, a vaquinha e o macaco, que tomaram leite e vitaminas, e desenvolveram as mentes.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Plágio, só Ipanema tem

[caption id="attachment_867" align="alignleft" width="167" caption="Par de havaianas em Ipanema/RJ"][/caption]

Uma marca nada original. E não estou falando da sandália, que é cópia descarada das Havaianas, e muito menos das anatômicas.

Domingo (ontem), enquanto realizava alguma atividade lúdica da qual não me recordo, ouvi o novo comercial da Ipanema, que talvez nem seja tão novo assim.

Uma voz, melancolicamente futurista, repleta de efeitos, me chamou atenção. Por preguiça não corri para ver, mas aqueles 30% que ouvi me bastaram captar a chupada publicitária. Os responsáveis pela comunicação da genérica das Havaianas será que não conhecem os comerciais mais famosos da década?

Coincidências podem existir para pequenos títulos de ações regionais, causados por briefings parecidos e produtos semelhantes, e que infelizmente não geram prêmios ou uma quantidade digna de dinheiro.

Agora, pegar uma campanha nacional, para um produto, que embora genérico, tem renome internacional, e utilizar como "inspiração" a campanha brasileira mais premiada de todos os tempos, da W/Brasil para a Época!? só pode ser burrice ou auto-sacanagem.
Eis o famoso comercial original:
[youtube http://www.youtube.com/watch?v=KU7pUs2opis&hl=pt-br&fs=1]
ps: como estou passando um temporada em um local dominado pela censura e aterrorizado pelo mundo livre, não tenho como procurar agora o comecial da Ipanema. Tampouco posso conferir se esse vídeo acima e as informações estão corretas. Mais tarde, do querido lar, faço isso, mas já queria deixar minha indignação postada.
As anatômicas, só ipanema tem!?

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Fofoca Propaganda e Marketing

Está cada dia mais difícil "fazer" um post.
É porque posts não são feitos, eles chegam até nós e simplesmente ganham forma.

Me sugeriram falar sobre a famosa briga do Nizan Africa com o Fernandes Nazca, mas não faço idéia do que aconteceu. Não vi vídeos ou li matérias.

Prefiro muito mais as fofocas da Britney Spears, os barracos da Luana Piovanni e as mudanças doidas que o Silvio Santos faz na programação do SBT.


Discutir propaganda? Prefiro discutir religião com fanáticos ou futebol com torcedores idiotas. Aliás, só o termo "torcedor" já mostra que o ser só pode ser um idiota.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Papo de academia

Conversa que ouvi de instrutores de musculação (conhece ser mais médio que professor de educação física?):

-Hoje de manhã aquela coroa que malha todo dia tava fazendo o exercício ao contrário.

-Como assim?

-Em vez de fazer o movimento com a perna pra frente, ela tava fazendo pra trás. E como fica sem peso, ela tava achando que tava abafando. Quando avisei, ela levou um susto, e disse que nem tinha percebido.

-Acontece...lembra daquela propaganda que tinha um cara que só andava pra trás?

-Da Vivo né...

-É, ele só andou pra frente quando viu um celular, hahaha.

-Tinha uma outra, de um cara de que só andava em círculos...

-Devem ter sido feitas pela mesma agência de publicidade.

Papo morre, risos continuam.



Tinha tempo, no mínimo un três anos, que eu não presenciava pessoas 'normais' falando sobre propaganda. E olha que comerciais já foram assunto popular e até colocaram bordões na boca do povo, como o "bonita camisa, Fernandinho" e "não é assim uma Brastemp", por exemplo.

Pela saída da propaganda do dia-a-dia, da boca e da cabeça das pessoas, eu culpo a onda surreal, a maneira dita como moderna de criar e produzir comerciais, anúncios, banners e etc. Eu acuso os que acharam que seria legal fazer títulos abstratos, como "escute seu corpo" e "hello, moto". Não é à toa que a Motorola está afundando, e a Nokia, com seu "Connecting People", é a marca mais sólida de celulares.

Claro que a qualidade do produto também é importante. Não adianta a Kaiser fazer uma campanha genial e continuar vendendo aquela droga de cerveja, mas enfim, voltemos ao foco e às rodas de conversa.

Engraçado, também nunca vi ninguém comentando que entrou em um hotsite lindo e interativo, ou que se divertiu a manhã toda com um advergame, mesmo que não saiba o que é um advergame. Também nunca vi pessoas 'não publicitárias' criticarem ou elogiarem a reformulação de um site.

A internet é legal e cada vez mais necessária, mas não tem o poder que a televisão tinha (quando as propagandas eram boas) de levar as coisas ao mundo real, de colocar um produto nas conversas de bar. As pessoas até mandam brincadeiras virtuais para os amigos, pequenas sacanagens com fotos, mas tudo fica preso nos e-mails, nas mensagens instantâneas.

Certo, talvez funcione, talvez alguém se lembre, no meio do supermercado, que se divertiu durante 3 segundos com o banner expansível daquele yogurte que está ali na sua frente. Talvez aquilo tenha agregado valor à marca. E é isso que uma propaganda razoável sempre fez, seja na TV, no rádio, no outdoor ou no folder enfiado no seu carro pela fresta da janela. Acontece que na publicidade contemporânea, abstrata e surreal, ninguém faz mais que o feijão com arroz, ninguém consegue jogar um ovo frito em cima.

Como diziam, desde a Alemanha nacional-socialista (leia-se Nazista), a propaganda deve ser compreendida facilmente pelo mais estúpido dos seres, e não é criando sites que levam mais de 10 segundos pra carregar e comerciais complexos, sem drama ou humor, que vamos conseguir fazer isso. Estamos marchando com nossas bandeiras para o precipício. O dia em que, liderados por mentes surreias, caírmos no vazio total, os cliente vão perceber que estavam sendo enganados, que as músicas high-tech e imagens amareladas nos comerciais que eles compravam não significavam nada. E desse dia em diante, links patrocinados tomarão conta da internet e das mídias convencionais.

Pare de se inspirar nos grandes, eles já estão perto de cair.

No dia em que eu presenciar um cidadão que não sabe de onde vem a sigla DPZ, comentando com outro que não faz idéia do que é AlmapBBDO, sobre o quanto é legal o comercial do Peugeot 207 com bateristas dentro de um casulo vermelho, eu deleto esse post, esse blog, e a palvra propaganda da minha mente média.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Negócio do inferno

Talvez Gregório de Matos não brigasse com o padre dos sonetos caso conhecesse a propaganda. E quem dera se a propaganda de hoje tivesse um crítico como o Boca do Inferno.

Todo caso, o que ele escreveu no século XVII, em uma Bahia que nem pensava em parir Nizan Guanaes, Duda Mendonça e Caetano Veloso (?), serve muito bem ao nosso vil negócio:


Neste mundo é mais rico o que mais rapa:
Quem mais limpo se faz, tem mais carepa;
Com sua língua, ao nobre o vil decepa:
O velhaco maior sempre tem capa.
Mostra o patife da nobreza o mapa:
Quem tem mão de agarrar, ligeiro trepa:
Quem menos falar pode, mais increpa:
Quem dinheiro tiver, pode ser papa.
A flor baixa, se inculca por tulipa:
Bengala hoje na mão, ontem garlopa:
Mais isento se mostra o que mais chupa:
Para a tropa do trapo vazo a tripa:
E mais não digo; porque a Musa topa
Em apa, em epa, em ipa, em opa, em upa.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Feira do iphone

Duas das maiores operadoras de telefonia móvel do Brasil armaram suas bancas para vender o fruto mais desejado da estação: o Iphone.

O aparelho chegou fresquinho do sítio do Seu Steve Jobs para as operadoras Claro e Vivo. Como vender na base do grito é, teoricamente, coisa do passado, enfeitaram seus pontos de venda para tentar conquistar os transeuntes, com o perdão pela horrível palavra.

A Claro mandou imprimir adesivos e banners na banca de bananas e publicidade, e comprou muita mídia, inclusive em pontos estratégicos de shoppings, digo, feiras.


Já a Vivo, muito mais sagaz, investiu em criatividade. Com um monitor de LCD de algumas muitas polegadas, foi criado um iphone gigante.



O melhor foi ver o comportamente do público. Todo mundo passou batido pela loja da Claro, enquanto que na Vivo as pessoas olhavam interessadas para a loja com seu aparelho gigante, e alguns até testaram se a "vitrine iphone" era sensível ao toque como o aparelho.
Mais algumas fotos da acirrada "ipheira" (desculpem, não resisti) no Park Shopping, em Brasília:



quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Botox nos sites

Reparou que um portal que você provavelmente entra muito, está, como diz o jargão, "de cara nova"?

Se trata do UOL. Se eles não tivessem avisado, eu nunca iria perceber. Será mesmo que alguém se importa ou repara que o menu lateral , antes em uma caixa azul, agora está mais clean e em tons de cinza?

Outro grande site que colocou um 'botox virtual' (expressão que agora vou utilizar para me referir a mudanças não tão drásticas em sites) foi o Submarino. Foram menos apegados que o UOL e arrancaram o ótimo menu superior. O sistema de abertura de imagens ficou pesado e mais complicado que o antigo. Ótimo motivos pra comprar em outros sites, como Magazine Luíza e Shoptime.

Veja uma análise mais profunda e afável que a minha.

domingo, 12 de outubro de 2008

Ode ao Iraque

Você tem até a 8ª série?
Se sim, você se lembra que uma região denominada 'Mesopotâmia' ocupava muitas páginas dos livros de história e muitas horas do seu dia, já que em vez de jogar video-game ou brincar de pique-esconde com a galera, você ficava estudando e babando no livro.

A Mesopotâmia, compreendida entre os rios Tigre e Eufrates, por ter a terra fértil e ótima para a agricultura, isso no centro de uma região árida e inóspita, sempre foi muito disputada. Cada povo que dominou e habitou o "Crescente Fértil" consumiu pelo menos três páginas dos livros de história geral que fui obrigado a estudar. Sumérios, Acadianos, Amoritas, Caldeus e Assírios (aqueles que cortavam mãos, pés e orelhas dos povos conquistados, e depois os queimavam vivos, e então construíam pirâmides com os crânios), foram alguns desses povos.


A Mesopotâmia abrigou também o Império Babilônico, sob o comando do implacável Hamurábi, aquele mesmo, que baseado nas Leis de Talião, ('olho por olho, dente por dente'), criou seu famoso conjunto de leis, o Código de Hamurábi. Talvez seja por isso, que hoje maconheiros de todo o Brasil se referem às cidades grandes e repressoras do uso da erva com "Babilônia", de onde querem fugir.

Enfim, esse lugar lindo, fértil e sagrado é hoje parte do Iraque. E bem no meio da Mesopotâmia, está Bagdá, encoberta por poeira de pólvora, sobre minas terrestres e com acesso restrito a muitos importantes sites  da internet. Dizem que lá agora existe certa democraia, e que os soldades ianques e aliados estabelecem certa segurança. Mas quem precisa de segurança quando não se pode acessar os links necessários, tão queridos por você, seus amigos e familiares?
Quem zela pela segurança na região tenta impedir a alegria, mas creiam, lá é lindo, paradisíaco e aconchegante, e as palmeiras, mesmo bombardeadas, balançam as sabor do vento do rio Tigre. E é pra lá que eu estou indo, meus amigos, e depois, com a alma tranqüila, eu vou pra lá de Bagdá.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Blog turístico no pedaço

Antes de sair de férias, primeiro você tem que passar no MÁS BRASIL.

Dicas em português e espanhol sobre praias e locais para viajar.

Agora, se sua praia mesmo é a propaganda, seu lugar é no Vamos Falar Mal.

Abraços.

Washington Olivetto
Nivaldo Lima

Uma boa, uma ruim e uma reflexão alheia


A Boa.

Lembram desta? Mais uma prova de que humor + gostosas é a fórmula perfeita da propaganda:


A ruim.

E os chinenses, depois de faturarem tudo nas Olimpíadas, mostram que o negócio deles ainda não é a propaganda. Da TBWA de Xangai para a Adidas:



É a onda abstrata da propaganda que chegou com tudo na terra de Mao Tsé Tung. Mas coitados, talvez o texto escrito em mandarim seja genial, ou talvez para quem está inserido naquela cultura faça algum sentido. Ou ainda, eu talvez esteja criticando só por inveja das dezenas medalhas olímpicas deles, já que o Brasil só fracassa.

A reflexão alheia.

Lendo o Intencional, achei interessante o desabafo da autora contra os empresários da propaganda de Florianópolis. Após ir a uma palestra promovida pelo clube de propaganda e marketing de SC, ela fez o seguinte relato:

"Mas o fato é: alguém já viu donos de agência em palestras como essas? Por favor, sejam sinceros. Eu reparo há tempos nisso e posso contar nos dedos de uma mão quantos eu vi lá. Isso porque nem eram das agências consideradas “grandes” em Floripa. Ai me vem mais perguntas na cabeça: será que eles já sabem de tudo e não precisam saber mais? Será que o assunto não interessa para o negócio deles? Será que o palestrante não é bom pra eles? Será que o estagiário vai mandar um relatório depois?"

Defendeu os estagiários e cuspiu na cara dos patrões, com toda razão, mesmo que eles não merecessem (?).

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Um comercial da Semp Toshiba

Para complementar o post anterior, veja o comercial da campanha "Um país chamado Semp Toshiba".

Antes de você assistir, deixo uma indagação: o vídeo diz que tal país possui quase 100 milhões de habitantes, que de certo são proprietários de produtos da marca. Para essa conta, será que consideraram, por exemplo, uma família que comprou uma tv às vesperas da copa de 1970, mesmo que o aparelho tenha estragado antes mesmo do fiasco de Dunga, Careca e companhia em 90?

[youtube http://www.youtube.com/watch?v=GNg1Zmwgw9s&hl=en&fs=1]

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Semp atrasados

Tanto critico a internet "2.0", as campanhas "interativas" e o fim da propaganda moleque, mas agora fiquei triste com a Semp Toshiba por motivos completamente opostos. Acho que me acostumei com essa droga toda que está por aí.

Não tenho nenhum produto da Semp Toshiba e não sei como falar nada da qualidade da empresa, já sua comunicação tem razões de sobra pra ser criticada.

É notícia lá no CCSP a campanha "Um país chamado Semp Toshiba", criada pela Talent. Com foco na história do grupo, eles fizeram uma campanha antiquada, pelo menos no que vi. Como é uma terrível odisséia conseguir assistir os vídeos postados pelo Clube de Criação de São Paulo, só posso comentar os anúncios.







Três páginas, títulos gigantes e uma "arte" que parece feita no Power Point. Se tivesse sido criado nas décadas de 70 ou 80, teria faturado no mínimo 15 leões em Cannes e alçaria os criadores ao panteão da publicidade brasileira. Nos anos 90, enriqueceria a agência e a dupla criativa, que logo abriria um "bureau" de idéias.

Mas hoje, quase na segunda década dos anos 2000, no máximo seria escolhida para o anuário do Clube de Criação de Roraima. Isso hipoteticamente pensando que vivemos em uma sociedade justa e honesta.

Entretanto, em comparação com o site da empresa, a campanha está linda, criativa e ultra moderna.

E eu, que tanto critiquei a internet 2.0, os sites 100% em flash, a interação em detrimento do informação, agora estou achando ruim, feio e sem graça um site leve e de fácil navegação.

Maldita convivência com layouts lindos e animações engraçadinhas!

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Direção de arte linda

Graças ao navegador de tags do Wordpress, vi em um blog belos anúncios criados pela Africa. Foram feitos para a Folha de São Paulo, que lançou uma coleção de posters com temas de cinema, que acompanharão gratuitamente sua edição dominical.

A arte da campanha ficou tão linda que poderia virar poster também.

Em inglês, direto do Ads od the World:

[gallery]


Ficha técnica:

Agência: Africa
Direção de criação: Nizan Guanaes, Sergio Gordilho, Fabio Seidl, Bruno Brasil
Direção de arte: Bruno Brasil
Redação: Fabio Seidl
Ilistração: Felipe Guga

Mas fica a pergunta feita por um gringo (traduzida) que comentou a campanha lá no Ads of the World:

"QUATRO diretores de criação?? 4 ????????

Se o ilustrador fosse meu amigo, e tivesse aceitado uma sugestão minha via msn, eu também seria "diretor" da campanha!? E se eu fosse diretor de recursos humanos da Africa e quisesse aparecer um pouco?

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

A prova

Graças às estatísticas em tempo real do Wordpress, hoje de manhã reparei que o número de acessos aqui do blog estava mais alto que de costume. A maioria dos leitores estava vindo de um único endereço, um portal de compra e venda de veículos, o Carsale. Intrigado, fui verificar como o link do Vamos Falar Mal tinha ido parar lá.

Para minha grata suspresa, um participante do fórum do site havia feito o seguinte comentário:



Sob o texto vermelho, um link para o artigo 207 - Final Feliz, aqui do blog. Ou seja, um sujeito que deve ser engenheiro, médico ou corretor de imóveis, alguém que está longe de ser publicitário e é um potencial comprador do veículo, reconheceu que a beleza da Flávia Alessandra chama a atenção para o carro e pode despertar em muitos outros consumidores o desejo de ter o Peugeot 207. E isso serve para praticamente todos os produtos do mundo.

Então, se você é publicitário ou quer ser um, sempre tente ter uma grande idéia, encontrar uma sacadinha legal e adequada, mas, caso não consiga ou queira incrementar a criação, contrate alguma modelo, atriz ou dançarina gostosa (a maioria canta, dança e representa), que o sucesso será instantâneo.

Palavras-chave

Analisar as estatísticas aqui do blog tornou um belo passatempo, que tem me ensinado muito sobre comportamento do "consumidor", internet, propaganda e comunicação em geral.

O google analytics mostra de tudo: um mapa-mundi com a quantidade de pessoas de cada cidade que entrou no blog, o navegador utilizado, o sistema operacional, o tipo de conexão e o mais interessante, as palavras-chave com que chegaram ao blog.

A supremacia do  Google é evidente.  No Vamos Falar Mal, 57% dos leitores chegam por sistemas de busca, sendo que desses, 99% utilizam o buscador citado. Yahoo, Terra, Uol e iG também aparecem na lista, mas são insignificantes perante o gigante da Califórnia.



Eis o ranking, com comentários meus, das expressões que mais renderam acesso nos últimos dias:

1.cleo pires de biquini  -Isso eu sabia que iria dar resultado. Realmente tem foto dela de biquini aqui, mas pensei que as pessoas buscassem por "foto cleo pires" ou "cleo pires pelada". Mas não, o internauta quer a moça é de biquini mesmo. E quem chega no site por essa expressão fica em média 10 minutos aqui, tempo considerado bom no mundo blog. Primeiro lugar merecido.

2.propagandas ruins -A essência do site está só em segundo, mas perder pra Cléo Pires é justo.

3.vamos falar mal 207 -Deve ter chegado aos ouvidos dos responsáveis pela campanha que eles foram docemente citados aqui.

4.casa de massagem -Essas pessoas não ficam nem um segundo aqui, e com razão, afinal o clima é tenso e elas têm que relaxar.

5.olivetto -Ualahhhhhhh!

6.falar -Legal, essa palavra é minha agora

7."almanaque de criação"

9.skyscrapercity

10.dicas para fazer propaganda

11.planejamento publicitário -Espero ser citado na monografia de alguém.

12.outdoor ruim

13.propaganda ruim

14.site ruim

15.blog papo de homem

16.cleo pires biquini -Pessoas que sabem pesquisar e não utilizam o "de".

17.exemplos de propaganda

18.exemplos de texto publicitário

19.gostosas

20.kuat

21.mahatma ghandi

22.vamos falar mal

23.agência online

E o recorde de cliques nos anúncios do google foi em um dia que estava sendo oferecido um curso de ilustração em 3D, o que significa que os criticados designer e diretores de arte estão entre os leitores.

Obrigado, amigos artistas abstratos, eu também amo vocês.

E muito obrigado, gooooogle!

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Kuat mais uma vez

Parece que é de meados desse ano, mas como não sou antenado como o Carlos Merigo, só vi ontem.

Estou falando do site do guaraná Kuat, aquele que não é Antárctica.


Talvez eu seja antiquado e ranzinza, e apesar de ter gostado, não gostei (mais abaixo eu explico). Isso de web 2.0, colaborativa, "wiki", está me dando nos nervos.


Será que uma quantidade razoável de gente, sem contar os colaboratvios funcionários da empresa que o criou, entra no site, acha legal e participa com felicidade? Eu, quando não trabalhava com essa parada de propaganda e internet, às vezes até entrava em um site desses, e em 1% dessas vezes, até me cadastrava para participar das brincadeirinhas. Acontece que mesmo quando eu participava, nunca encontrava motivo ou me lembrava de voltar ao dito cujo.

O site do Kuat é bonito e tenta ser útil. Oferece um lugar para fazermos nossa "lista de sonhos", e ainda que pareça interessante, não consigo imaginar uma quantidade razoável de gente utilizando o "aplicativo". Criaram também uma espécie de fórum, no qual as pessoas dão dicas e falam sobre diversos assuntos, como morar no exterior, por exemplo.

Todo o conteúdo está conectado, e tudo seguindo fielmente o conceito que gerou o slogan "A gente muda, o mundo muda". O site é um exemplo perfeito da wiki-web, mas será que um site lindo, moderno e caro desses acrescenta algo bom para a marca em um número relevante de pessoas?

Essa pergunta só vai se calar na minha cabeça no dia que, generosamente, alguma das agência/ empresas/ produtos que figuram por aqui, me mandar uma pesquisa mais que completa com os resultados das propagandas, sites e campanhas que tanto critico.

Nesse dia, eu coloco fogo no blog e me matriculo em um curso de engenharia civil. Por enquanto, sigo queimando os outros.

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Fatos sobre Washington Olivetto

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O mestre, que ontem sofreu no Superpop da RedeTV! com perguntas e comentários nada brilhantes de Luciana Gimenez, completa 56 anos neste dia 29/09, e merece muitas homenagens. A minha está logo abaixo. É a versão publicitária e brasileira de uma famosa lista.

Com vocês, Washington Luiz Olivetto:

1. Washington Olivetto não escreve um roteiro, ele assina uma obra de arte.

2. Washington Olivetto não mata um leão por dia, ele GANHA um leão por dia, e todos de ouro.

3. O personagem Obelix é baseado em Washington Olivetto, que quando pequeno, caiu num caldeirão de criatividade.

4. Os briefings foram inventados para ajudar todos aqueles que não são Washington Olivetto.

5. Washington Olivetto não faz brainstorm, ele faz brainhurricane.

6. Washington Olivetto finalmente voltou a andar em carros nacionais. Ele tem um Idea.

7. Washington Olivetto tem três porcos: Aten, Di e Mento.

8. Washington Olivetto derruba seus inimigos com insights incisivos.

9. Após fortes dores de cabeça, Washington Olivetto fez um raio-x. Foi detectado que ele possui acúmulo de idéias.

10. "www" é a sigla de "Washington world writer".

11. Depois de um ano de trabalho, você entra de férias. Washington Olivetto entra em anuários.

12. Um dia Washington Olivetto não pôde ir trabalhar e a agência perdeu sua maior conta. Surgiu aí a expressão "perder por 'W.O.'".

13. Washington Olivetto conquistou sua mulher com uma cantada de exatos 30 segundos.

14. Washington Olivetto teve um roteiro reprovado quando era estagiário. Ele disparou um insight, e a agência foi destruída pelo seu fogo criativo.

15. David Ogilvy desafiou Washington Olivetto para ver quem criava o melhor slogan. Olivetto obviamente venceu, e Ogilvy foi devorado por seus próprios cães, da raça "cofap".

16. Washington Olivetto faz dupla com o melhor diretor de arte do mundo. Ele se chama Alltype.

17. O pneu do carro de Washington Olivetto não fura duas vezes no mesmo lugar.

18. O festival de publicidade de Cannes não aceita mais trabalhos de Washington Olivetto. Alegam que seria como os Beatles tocarem em bailes de formatura.

19. Chuck Norris manda seu portfólio para Washington Olivetto todos os dias, implorando por um estágio, mesmo que seja como segurança.

20. Washington, capital dos EUA, só tem esse nome porque Washington Olivetto achou que os americanos não conseguiriam pronunciar duas palavras.

21. Washington Olivetto conseguiu escapar do cativeiro porque os seqüestradores se distraíram cantando um jingle de sua autoria.

22.  Washington Olivetto nao tem amantes. Ele tem CASES.

23. Google sobre Washington Olivetto: "Você quis dizer: Publicidade".

Já adicionei duas sugestões de amigos e leitores. Envie uma, que logo será uma das verdades.

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

"Astros de Hollywood recebiam fortunas para promover fumo"



"Pesquisadores da Universidade de Nova York garantem que Clark Gable, Cary Grant, Spencer Tracy, Joan Crawford, John Wayne, Bette Davis e Betty Grable receberam dinheiro para promover o tabagismo."

Grande novidade.

A notícia sobre a "descoberta" de que atores e estúdios de Hollyood recebia dinheiro em troca de alguns cigarros nos filmes só pode ser piada. Isso já não era conhecimento popular mundial?

O filme Obrigado por Fumar, de uns dois anos atrás, trata disso de maneira irônica e bem-humorada, e mostra como a indústria do cigarro talvez esteja agindo por debaixo dos panos até hoje.

Não sou fumante, mas sinto saudade das propagandas de cigarro. Se não fosse por elas faltaria material de qualidade para estudar algumas matérias no curso de publicidade.

Para que crianças e jovens não se sintam motivados a enfumaçar os pulmões, deveríamos ter a opção, nas nossas Tv's, de vetar ou não os comerciais de tabaco. É muito egoísmo das leis pensar apenas na saúde das pessoas.

Como ficam os apaixonados por propaganda e os fumantes inveterados que nem pensam em largar o vício?

Encontrei alguns anúncios, antigos ou nem tanto, que são exemplos dessa propaganda moleque que conquistou tantos pulmões:

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terça-feira, 23 de setembro de 2008

Olivetto a gente nunca esquece

Foi lançado este mês, no restaurante do Museu de Arte Moderna em São Paulo, o livro "O primeiro a gente nunca esquece", de Washington Olivetto.

Um calhamaço de quase 400 páginas, com posfácio do Boni (ex vice-presidente da Globo) e muitos detalhes do comercial do primeiro sutiã, da Valisère.

Mas isso não interessa.


O que importa para nós publicitários é que a divindade-mor da criação foi reverenciada e acariciada por beldades mortais.

Vejam como a atriz Mariana Ximenez se curva diante de Olivetto. Reparem em sua feição de puro desdém, de quem sabe que a bela não faz mais que a obrigação:



Além de Ximenez e Paula Burlamaqui, que na foto aparece na fila, também prestaram suas devidas homenagens Maitê Proença, Cleo Pires e muitas outras. Todas levaram seu primeiro sutiã para ser autografado pela pela pomposa e premiada mão do publicitário.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Cuidado com o que você come

Ultimamente nos acostumamos (cof, cof!) tanto com propagandas abstratas, virais que não proliferam, sites que não conseguimos navegar e milhões de coisas estúpidas, que um anúncio simples e bom pode parece ruim em uma primeira olhada. Como este:



A assinatura está num lugar diferente do padrão, o texto é pequeno, mas nem tanto, e o rato Muffin é uma obra-prima da direção de arte. Até parece que foi mesmo prensado ali.

O título do colega redator gringo, vulgo copywriter, um tal de "Anton Jaya", é genial. Em portugês, algo como "você come o que você toca". Para anunciar o que penso ser um sabonete, nada acertaria mais em cheio as pessoas porcas, as pessoas "normais" e, principalmente, os fanáticos por higiene

Engraçado é que o outro anúncio da campanha ficou mal feito, e confesso não ter entendido:

Peugeot 207 - Final feliz

Só para encerrar a novela "Campanha de lançamento do Peugeot 207 no Brasil", o comercial nada criativo mas incrivelmente vendedor, com a atriz global Flávia Alessandra:




Dessa vez o "escute seu corpo" fez até um pouco de sentido. Já o iglu vermelho...

Que venha o 208!
codigo do youtube

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Campanha do Peugeot 207 - Agora vai!

Ainda não vi o vt, mas pelo que li no CCSP, a continuidade da campanha de lançamento do Peugeot 207 tem tudo para dar certo.

Deixaram os imbecis elementos abstratos de lado, e rezando pela cartilha, colocaram uma gostosa seminua.

Segundo Reinaldo Sifferto, diretor de comunicação da montadora, no comercial protagonizado por Flávia Alessandra de camisola, a intenção é "explorar mais diretamente o produto em si".


Sobre o primeiro comercial, Reinaldo disse que se trata de uma "ilustração conceitual dos sentidos do corpo humano, relacionada às emoções". Ou seja, conseguiram enganá-lo!

Como a imagem do vt está muito pequena, disponibilizo uma foto melhor da protagonista:



Com uma campanha repleta de "atributos", as vendas do 207 vão bombar. Se você discorda, pode preparar sua barra de ferro, suas roupinhas sadomasoquistas e partir pra pole-dance, porque de propaganda você não entende nada.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Instituto de Pesquisas Tabajara

-Fiquei de prova final em matemática em todos os anos escolares, do primário ao terceiro ano do segundo grau.

-Peguei aulas particulares da matéria da quinta série até o vestibular.

-Fui o único aluno da faculdade de comunicação a ficar de recuperação em estatística básica.

Apesar de todo esse fracassado histórico com números, eu sei que 28 é maior que 27, e que em um gráfico os números maiores devem ficar acima dos menores. Só que o instituto Datafolha discorda dessa lógica, ou ignora a ética.

Veja gráfico que publicaram sobre recente pesquisa de intenção de voto para prefeito na cidade de Salvador:

Não acredito que tenham errado.

Acontece muito de candidatos "queridos" a institutos de pesquisas terem ascensões acentuadas ou quedas atenuadas pelos gráficos. Como o que fica na memória do poooovo é o "deseinho", não a realidade, a eficácia dessa artimanha é garantida. Não posso acusar o neto do cacique, o famoso "Grampinho", ou o próprio Datafolha por falta de ética, mas eu, que sempre pensei letras ao invés de números, teria feito um gráfico melhor e mais honesto.

Só para encerrar, vejam o tamanho do "erro", comprovado pelo querido paint brush:


ps: me segurei para não fazer nenhuma piadinha com a famosa falta de disposição baiana.

PP (Pos post): No dia seguinte ao que fiz esse post, os safadinhos publicaram uma nova rodada de pesquisas e "corrigiram" o gráfico.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

A guerra do varejo

Acabei de ler o artigo "A incorporação de todas as áreas do design está no varejo", no Portal da Propaganda.

Fala sobre o Brazil Design Week, e traz opiniões de designers reconhecidos, empresários e especialistas em marketing, sobre o que pode ser feito para um produto se destacar na imensidão multicolorida das prateleiras dos supermercados.

Tem uns cases interessantes relatados, mas fiquei imaginando algo que pode parecer surreal, mas talvez seja realidade em um futuro próximo:

Imagine você no Carrefour, no Extra, no Wal-Mart ou até no Pão de Açúcar, e de repente um produto começa a emitir sons. Uma cadeira de praia conversa com você, pedindo para você sentá-la (está certo isso?). Um pote de Ovomaltine começa a brilhar. Enquanto você não sabe se escuta a cadeira ou admira o Ovomaltine, uma Coca-Cola dispara um feixe de luz , que vai na direção dos seus olhos, entra na sua pupila e quase te cega.


Um pote de ração Pedigree começa a latir. Logo pacotes da marca Purina e Royal também começam a ladrar. Suplementos para gatos da Wiskas, que estavam ronronando para os clientes, se assustam e miam miados de pânico. Os pacotes de salsicha, que estão logo ao lado, na seção de frios, quase entram na algazarra, mas não sabem se latem ou relincham. Presuntos, queijos e yogurtes começam a berrar e a saltitar apavorados. Caos total no supermercado. Os carrinhos criam vida e começam a atropelar os clientes. Ninguém sobrevive.



Manchetes nos jornais de todo o mundo.

Os humanos ficam traumatizados com a automação do marketing e do design. Produtos e redes de supermercados desaparecem da Terra. Mercearias e frutarias voltam a atrair a freguesia e se proliferam, com produtos de origem natural e sem embalagens mirabolantes. Arroz e feijão a granel são a nova moda. "Atendente" volta a rimar com "sorridente". Acabam as filas e aumentam os empregos e os salários no comércio.  Designers e marketeiros são mandados para a desintoxicação, que consiste em cursos de bordado, sapateado e culinária.

Tá certo, posso ter viajado um pouco. Ou não, nunca se sabe. A culpa deve ser da melancia transgênica que comi ontem. Mas que é bom não precisar ficar tirando semente, isso é!

Se a Folha pode, todo mundo pode.

Ainda não encontrei ou fui avisado de nenhum erro grotesco de português aqui no blog, mas certamente existem alguns, ninguém é perfeito. Entretanto, represento apenas um pequeno blog sem fins lucrativos (ou fim algum), e não um jornal do porte da Folha de São Paulo.

Nessa manhã cinza e abafada de segunda-feira, estava eu lendo uma matéria, aliás, muito boa, sobre o profundo lado negro do Papa Bento VI, quando pus em dúvida meus próprios conhecimentos sobre a língua camoniana. É algo que até os 12 anos eu também ficava na dúvida na hora de escrever.



Enfim, um errinho de português não precisava ter tido tanta apresentação. Acho que me empolguei, foi mal. Olhem aí:

"Esse mundo acaba desmoronando com a guerra. Tanto o alemão Ratzinger quanto o polonês Wojtyla passam a serem tragados muito cedo por dramas que iriam alimentar, neles, uma visão trágica da história, na qual estão vinculados a insensatez, a morte de Deus e o aniquilamento do homem."

Não preciso colocar em negrito não né? Está errado mesmo, ou é estranhamente algo "não totalmente errado" ?

Se você é assinante do UOL ou da Folha, pode ler a matéria na íntegra e ver o que pode se passar por trás daquele rosto macabro.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Mercedes, um carro para quem não tem Benz

Notícia que está desde ontem no Terra:


Mercedes lança a perua Classe C no Brasil


A Mercedes-Benz está lançando no Brasil a C200 Kompressor Touring. A perua chega apenas na versão Avantgarde custando R$ 178 mil. A frente segue as mudanças visuais do sedã e a estrela vem na grade nesta versão (...)

Se o comercial do Classe A, com a assinatura "Você pode ter um Mercedes", atingia em cheio a classe média média, se a campanha do Classe B, que é um pouco mais caro, parece ter sido feita para a classe média baixa, imagine o que vão aprontar para o lançamento do Classe C, o mais caro de todos.

Tá, imaginar não é fácil. Por isso aqui no Vamos Falar Mal temos uma equipe especializada em Paint Brush, que faz trabalhos bem melhores que muitas agências que faturam milhões por ano. Enfim, seguindo a lógica da Mercedes Benz e suas agências de publicidade, o anúncio do Classe C vai ser mais ou menos assim:

Esqueci de utilizar aquelas setinhas apontando partes do carro com características tipo "confortável", "ABS de Série", "Bancos de couro", mas na próxima oportunidade eu entro na modinha.

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Classe B - Um tiro no pé

Quando o Mercedes Classe A foi lançado há alguns anos, o comercial fez o maior sucesso. Mostrava um homem apaixonado por Mercedes. Do ônibus que ele ia ao colégio, ao nome de sua esposa, tudo em sua vida era Mercedes. Mas ter uma Mercedes Benz, seu caro e verdadeiro sonho, ele só conseguiria com o lançamento do Classe A, um carro que, segundo a moral da história, até um pé rapado como ele poderia ter.



Acontece que o carro chegou e se manteve com um preço muito além das possibilidades do público que foi atingido pelo comercial. Enfim, um case de fracasso que sempre faz sucesso quando contado em palestras.

Agora lançaram um novo veículo, denominado Classe B. Logo, a Mercedes Benz e suas agências aprenderam com o erro e fizeram direito desta vez, certo?

PÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉIIINNNN!!!!!!!!!!!!!!

Errado, eles fizeram bobagem de novo.

Primeiro, por colocarem o nome do carro de Classe B. Será que não sabem que "B" é sempre ruim, é sempre a segunda opção, que é uma classe bem mais pobre do que a "A" ?

Segundo, por não contornarem esse problema do nome com alguma opção criativa, que revertesse esse lado negativo do "B".

Terceiro, porquê simplesmente não fizeram um carro realmente para a classe b? "Sujaria" menos o nome da empresa do que fazer um carro chamado "Classe B", anunciado como um carro "da Classe B", e com um preço daquele. Se não me engano, os carros da classe b no Brasil são 4 vezes mais baratos.

Enfim, sinto vergonha pelos responsáveis. Não vi comercial ou anúncio, mas este banner que estava ontem no Estadão deve ser a síntese de uma cagada bem maior:



E afinal, qual o gênero do carro? Será que é "A Classe B" mesmo??????