terça-feira, 28 de outubro de 2008

Fofoca Propaganda e Marketing

Está cada dia mais difícil "fazer" um post.
É porque posts não são feitos, eles chegam até nós e simplesmente ganham forma.

Me sugeriram falar sobre a famosa briga do Nizan Africa com o Fernandes Nazca, mas não faço idéia do que aconteceu. Não vi vídeos ou li matérias.

Prefiro muito mais as fofocas da Britney Spears, os barracos da Luana Piovanni e as mudanças doidas que o Silvio Santos faz na programação do SBT.


Discutir propaganda? Prefiro discutir religião com fanáticos ou futebol com torcedores idiotas. Aliás, só o termo "torcedor" já mostra que o ser só pode ser um idiota.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Papo de academia

Conversa que ouvi de instrutores de musculação (conhece ser mais médio que professor de educação física?):

-Hoje de manhã aquela coroa que malha todo dia tava fazendo o exercício ao contrário.

-Como assim?

-Em vez de fazer o movimento com a perna pra frente, ela tava fazendo pra trás. E como fica sem peso, ela tava achando que tava abafando. Quando avisei, ela levou um susto, e disse que nem tinha percebido.

-Acontece...lembra daquela propaganda que tinha um cara que só andava pra trás?

-Da Vivo né...

-É, ele só andou pra frente quando viu um celular, hahaha.

-Tinha uma outra, de um cara de que só andava em círculos...

-Devem ter sido feitas pela mesma agência de publicidade.

Papo morre, risos continuam.



Tinha tempo, no mínimo un três anos, que eu não presenciava pessoas 'normais' falando sobre propaganda. E olha que comerciais já foram assunto popular e até colocaram bordões na boca do povo, como o "bonita camisa, Fernandinho" e "não é assim uma Brastemp", por exemplo.

Pela saída da propaganda do dia-a-dia, da boca e da cabeça das pessoas, eu culpo a onda surreal, a maneira dita como moderna de criar e produzir comerciais, anúncios, banners e etc. Eu acuso os que acharam que seria legal fazer títulos abstratos, como "escute seu corpo" e "hello, moto". Não é à toa que a Motorola está afundando, e a Nokia, com seu "Connecting People", é a marca mais sólida de celulares.

Claro que a qualidade do produto também é importante. Não adianta a Kaiser fazer uma campanha genial e continuar vendendo aquela droga de cerveja, mas enfim, voltemos ao foco e às rodas de conversa.

Engraçado, também nunca vi ninguém comentando que entrou em um hotsite lindo e interativo, ou que se divertiu a manhã toda com um advergame, mesmo que não saiba o que é um advergame. Também nunca vi pessoas 'não publicitárias' criticarem ou elogiarem a reformulação de um site.

A internet é legal e cada vez mais necessária, mas não tem o poder que a televisão tinha (quando as propagandas eram boas) de levar as coisas ao mundo real, de colocar um produto nas conversas de bar. As pessoas até mandam brincadeiras virtuais para os amigos, pequenas sacanagens com fotos, mas tudo fica preso nos e-mails, nas mensagens instantâneas.

Certo, talvez funcione, talvez alguém se lembre, no meio do supermercado, que se divertiu durante 3 segundos com o banner expansível daquele yogurte que está ali na sua frente. Talvez aquilo tenha agregado valor à marca. E é isso que uma propaganda razoável sempre fez, seja na TV, no rádio, no outdoor ou no folder enfiado no seu carro pela fresta da janela. Acontece que na publicidade contemporânea, abstrata e surreal, ninguém faz mais que o feijão com arroz, ninguém consegue jogar um ovo frito em cima.

Como diziam, desde a Alemanha nacional-socialista (leia-se Nazista), a propaganda deve ser compreendida facilmente pelo mais estúpido dos seres, e não é criando sites que levam mais de 10 segundos pra carregar e comerciais complexos, sem drama ou humor, que vamos conseguir fazer isso. Estamos marchando com nossas bandeiras para o precipício. O dia em que, liderados por mentes surreias, caírmos no vazio total, os cliente vão perceber que estavam sendo enganados, que as músicas high-tech e imagens amareladas nos comerciais que eles compravam não significavam nada. E desse dia em diante, links patrocinados tomarão conta da internet e das mídias convencionais.

Pare de se inspirar nos grandes, eles já estão perto de cair.

No dia em que eu presenciar um cidadão que não sabe de onde vem a sigla DPZ, comentando com outro que não faz idéia do que é AlmapBBDO, sobre o quanto é legal o comercial do Peugeot 207 com bateristas dentro de um casulo vermelho, eu deleto esse post, esse blog, e a palvra propaganda da minha mente média.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Negócio do inferno

Talvez Gregório de Matos não brigasse com o padre dos sonetos caso conhecesse a propaganda. E quem dera se a propaganda de hoje tivesse um crítico como o Boca do Inferno.

Todo caso, o que ele escreveu no século XVII, em uma Bahia que nem pensava em parir Nizan Guanaes, Duda Mendonça e Caetano Veloso (?), serve muito bem ao nosso vil negócio:


Neste mundo é mais rico o que mais rapa:
Quem mais limpo se faz, tem mais carepa;
Com sua língua, ao nobre o vil decepa:
O velhaco maior sempre tem capa.
Mostra o patife da nobreza o mapa:
Quem tem mão de agarrar, ligeiro trepa:
Quem menos falar pode, mais increpa:
Quem dinheiro tiver, pode ser papa.
A flor baixa, se inculca por tulipa:
Bengala hoje na mão, ontem garlopa:
Mais isento se mostra o que mais chupa:
Para a tropa do trapo vazo a tripa:
E mais não digo; porque a Musa topa
Em apa, em epa, em ipa, em opa, em upa.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Feira do iphone

Duas das maiores operadoras de telefonia móvel do Brasil armaram suas bancas para vender o fruto mais desejado da estação: o Iphone.

O aparelho chegou fresquinho do sítio do Seu Steve Jobs para as operadoras Claro e Vivo. Como vender na base do grito é, teoricamente, coisa do passado, enfeitaram seus pontos de venda para tentar conquistar os transeuntes, com o perdão pela horrível palavra.

A Claro mandou imprimir adesivos e banners na banca de bananas e publicidade, e comprou muita mídia, inclusive em pontos estratégicos de shoppings, digo, feiras.


Já a Vivo, muito mais sagaz, investiu em criatividade. Com um monitor de LCD de algumas muitas polegadas, foi criado um iphone gigante.



O melhor foi ver o comportamente do público. Todo mundo passou batido pela loja da Claro, enquanto que na Vivo as pessoas olhavam interessadas para a loja com seu aparelho gigante, e alguns até testaram se a "vitrine iphone" era sensível ao toque como o aparelho.
Mais algumas fotos da acirrada "ipheira" (desculpem, não resisti) no Park Shopping, em Brasília:



quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Botox nos sites

Reparou que um portal que você provavelmente entra muito, está, como diz o jargão, "de cara nova"?

Se trata do UOL. Se eles não tivessem avisado, eu nunca iria perceber. Será mesmo que alguém se importa ou repara que o menu lateral , antes em uma caixa azul, agora está mais clean e em tons de cinza?

Outro grande site que colocou um 'botox virtual' (expressão que agora vou utilizar para me referir a mudanças não tão drásticas em sites) foi o Submarino. Foram menos apegados que o UOL e arrancaram o ótimo menu superior. O sistema de abertura de imagens ficou pesado e mais complicado que o antigo. Ótimo motivos pra comprar em outros sites, como Magazine Luíza e Shoptime.

Veja uma análise mais profunda e afável que a minha.

domingo, 12 de outubro de 2008

Ode ao Iraque

Você tem até a 8ª série?
Se sim, você se lembra que uma região denominada 'Mesopotâmia' ocupava muitas páginas dos livros de história e muitas horas do seu dia, já que em vez de jogar video-game ou brincar de pique-esconde com a galera, você ficava estudando e babando no livro.

A Mesopotâmia, compreendida entre os rios Tigre e Eufrates, por ter a terra fértil e ótima para a agricultura, isso no centro de uma região árida e inóspita, sempre foi muito disputada. Cada povo que dominou e habitou o "Crescente Fértil" consumiu pelo menos três páginas dos livros de história geral que fui obrigado a estudar. Sumérios, Acadianos, Amoritas, Caldeus e Assírios (aqueles que cortavam mãos, pés e orelhas dos povos conquistados, e depois os queimavam vivos, e então construíam pirâmides com os crânios), foram alguns desses povos.


A Mesopotâmia abrigou também o Império Babilônico, sob o comando do implacável Hamurábi, aquele mesmo, que baseado nas Leis de Talião, ('olho por olho, dente por dente'), criou seu famoso conjunto de leis, o Código de Hamurábi. Talvez seja por isso, que hoje maconheiros de todo o Brasil se referem às cidades grandes e repressoras do uso da erva com "Babilônia", de onde querem fugir.

Enfim, esse lugar lindo, fértil e sagrado é hoje parte do Iraque. E bem no meio da Mesopotâmia, está Bagdá, encoberta por poeira de pólvora, sobre minas terrestres e com acesso restrito a muitos importantes sites  da internet. Dizem que lá agora existe certa democraia, e que os soldades ianques e aliados estabelecem certa segurança. Mas quem precisa de segurança quando não se pode acessar os links necessários, tão queridos por você, seus amigos e familiares?
Quem zela pela segurança na região tenta impedir a alegria, mas creiam, lá é lindo, paradisíaco e aconchegante, e as palmeiras, mesmo bombardeadas, balançam as sabor do vento do rio Tigre. E é pra lá que eu estou indo, meus amigos, e depois, com a alma tranqüila, eu vou pra lá de Bagdá.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Blog turístico no pedaço

Antes de sair de férias, primeiro você tem que passar no MÁS BRASIL.

Dicas em português e espanhol sobre praias e locais para viajar.

Agora, se sua praia mesmo é a propaganda, seu lugar é no Vamos Falar Mal.

Abraços.

Washington Olivetto
Nivaldo Lima

Uma boa, uma ruim e uma reflexão alheia


A Boa.

Lembram desta? Mais uma prova de que humor + gostosas é a fórmula perfeita da propaganda:


A ruim.

E os chinenses, depois de faturarem tudo nas Olimpíadas, mostram que o negócio deles ainda não é a propaganda. Da TBWA de Xangai para a Adidas:



É a onda abstrata da propaganda que chegou com tudo na terra de Mao Tsé Tung. Mas coitados, talvez o texto escrito em mandarim seja genial, ou talvez para quem está inserido naquela cultura faça algum sentido. Ou ainda, eu talvez esteja criticando só por inveja das dezenas medalhas olímpicas deles, já que o Brasil só fracassa.

A reflexão alheia.

Lendo o Intencional, achei interessante o desabafo da autora contra os empresários da propaganda de Florianópolis. Após ir a uma palestra promovida pelo clube de propaganda e marketing de SC, ela fez o seguinte relato:

"Mas o fato é: alguém já viu donos de agência em palestras como essas? Por favor, sejam sinceros. Eu reparo há tempos nisso e posso contar nos dedos de uma mão quantos eu vi lá. Isso porque nem eram das agências consideradas “grandes” em Floripa. Ai me vem mais perguntas na cabeça: será que eles já sabem de tudo e não precisam saber mais? Será que o assunto não interessa para o negócio deles? Será que o palestrante não é bom pra eles? Será que o estagiário vai mandar um relatório depois?"

Defendeu os estagiários e cuspiu na cara dos patrões, com toda razão, mesmo que eles não merecessem (?).

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Um comercial da Semp Toshiba

Para complementar o post anterior, veja o comercial da campanha "Um país chamado Semp Toshiba".

Antes de você assistir, deixo uma indagação: o vídeo diz que tal país possui quase 100 milhões de habitantes, que de certo são proprietários de produtos da marca. Para essa conta, será que consideraram, por exemplo, uma família que comprou uma tv às vesperas da copa de 1970, mesmo que o aparelho tenha estragado antes mesmo do fiasco de Dunga, Careca e companhia em 90?

[youtube http://www.youtube.com/watch?v=GNg1Zmwgw9s&hl=en&fs=1]

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Semp atrasados

Tanto critico a internet "2.0", as campanhas "interativas" e o fim da propaganda moleque, mas agora fiquei triste com a Semp Toshiba por motivos completamente opostos. Acho que me acostumei com essa droga toda que está por aí.

Não tenho nenhum produto da Semp Toshiba e não sei como falar nada da qualidade da empresa, já sua comunicação tem razões de sobra pra ser criticada.

É notícia lá no CCSP a campanha "Um país chamado Semp Toshiba", criada pela Talent. Com foco na história do grupo, eles fizeram uma campanha antiquada, pelo menos no que vi. Como é uma terrível odisséia conseguir assistir os vídeos postados pelo Clube de Criação de São Paulo, só posso comentar os anúncios.







Três páginas, títulos gigantes e uma "arte" que parece feita no Power Point. Se tivesse sido criado nas décadas de 70 ou 80, teria faturado no mínimo 15 leões em Cannes e alçaria os criadores ao panteão da publicidade brasileira. Nos anos 90, enriqueceria a agência e a dupla criativa, que logo abriria um "bureau" de idéias.

Mas hoje, quase na segunda década dos anos 2000, no máximo seria escolhida para o anuário do Clube de Criação de Roraima. Isso hipoteticamente pensando que vivemos em uma sociedade justa e honesta.

Entretanto, em comparação com o site da empresa, a campanha está linda, criativa e ultra moderna.

E eu, que tanto critiquei a internet 2.0, os sites 100% em flash, a interação em detrimento do informação, agora estou achando ruim, feio e sem graça um site leve e de fácil navegação.

Maldita convivência com layouts lindos e animações engraçadinhas!

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Direção de arte linda

Graças ao navegador de tags do Wordpress, vi em um blog belos anúncios criados pela Africa. Foram feitos para a Folha de São Paulo, que lançou uma coleção de posters com temas de cinema, que acompanharão gratuitamente sua edição dominical.

A arte da campanha ficou tão linda que poderia virar poster também.

Em inglês, direto do Ads od the World:

[gallery]


Ficha técnica:

Agência: Africa
Direção de criação: Nizan Guanaes, Sergio Gordilho, Fabio Seidl, Bruno Brasil
Direção de arte: Bruno Brasil
Redação: Fabio Seidl
Ilistração: Felipe Guga

Mas fica a pergunta feita por um gringo (traduzida) que comentou a campanha lá no Ads of the World:

"QUATRO diretores de criação?? 4 ????????

Se o ilustrador fosse meu amigo, e tivesse aceitado uma sugestão minha via msn, eu também seria "diretor" da campanha!? E se eu fosse diretor de recursos humanos da Africa e quisesse aparecer um pouco?

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

A prova

Graças às estatísticas em tempo real do Wordpress, hoje de manhã reparei que o número de acessos aqui do blog estava mais alto que de costume. A maioria dos leitores estava vindo de um único endereço, um portal de compra e venda de veículos, o Carsale. Intrigado, fui verificar como o link do Vamos Falar Mal tinha ido parar lá.

Para minha grata suspresa, um participante do fórum do site havia feito o seguinte comentário:



Sob o texto vermelho, um link para o artigo 207 - Final Feliz, aqui do blog. Ou seja, um sujeito que deve ser engenheiro, médico ou corretor de imóveis, alguém que está longe de ser publicitário e é um potencial comprador do veículo, reconheceu que a beleza da Flávia Alessandra chama a atenção para o carro e pode despertar em muitos outros consumidores o desejo de ter o Peugeot 207. E isso serve para praticamente todos os produtos do mundo.

Então, se você é publicitário ou quer ser um, sempre tente ter uma grande idéia, encontrar uma sacadinha legal e adequada, mas, caso não consiga ou queira incrementar a criação, contrate alguma modelo, atriz ou dançarina gostosa (a maioria canta, dança e representa), que o sucesso será instantâneo.

Palavras-chave

Analisar as estatísticas aqui do blog tornou um belo passatempo, que tem me ensinado muito sobre comportamento do "consumidor", internet, propaganda e comunicação em geral.

O google analytics mostra de tudo: um mapa-mundi com a quantidade de pessoas de cada cidade que entrou no blog, o navegador utilizado, o sistema operacional, o tipo de conexão e o mais interessante, as palavras-chave com que chegaram ao blog.

A supremacia do  Google é evidente.  No Vamos Falar Mal, 57% dos leitores chegam por sistemas de busca, sendo que desses, 99% utilizam o buscador citado. Yahoo, Terra, Uol e iG também aparecem na lista, mas são insignificantes perante o gigante da Califórnia.



Eis o ranking, com comentários meus, das expressões que mais renderam acesso nos últimos dias:

1.cleo pires de biquini  -Isso eu sabia que iria dar resultado. Realmente tem foto dela de biquini aqui, mas pensei que as pessoas buscassem por "foto cleo pires" ou "cleo pires pelada". Mas não, o internauta quer a moça é de biquini mesmo. E quem chega no site por essa expressão fica em média 10 minutos aqui, tempo considerado bom no mundo blog. Primeiro lugar merecido.

2.propagandas ruins -A essência do site está só em segundo, mas perder pra Cléo Pires é justo.

3.vamos falar mal 207 -Deve ter chegado aos ouvidos dos responsáveis pela campanha que eles foram docemente citados aqui.

4.casa de massagem -Essas pessoas não ficam nem um segundo aqui, e com razão, afinal o clima é tenso e elas têm que relaxar.

5.olivetto -Ualahhhhhhh!

6.falar -Legal, essa palavra é minha agora

7."almanaque de criação"

9.skyscrapercity

10.dicas para fazer propaganda

11.planejamento publicitário -Espero ser citado na monografia de alguém.

12.outdoor ruim

13.propaganda ruim

14.site ruim

15.blog papo de homem

16.cleo pires biquini -Pessoas que sabem pesquisar e não utilizam o "de".

17.exemplos de propaganda

18.exemplos de texto publicitário

19.gostosas

20.kuat

21.mahatma ghandi

22.vamos falar mal

23.agência online

E o recorde de cliques nos anúncios do google foi em um dia que estava sendo oferecido um curso de ilustração em 3D, o que significa que os criticados designer e diretores de arte estão entre os leitores.

Obrigado, amigos artistas abstratos, eu também amo vocês.

E muito obrigado, gooooogle!

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Kuat mais uma vez

Parece que é de meados desse ano, mas como não sou antenado como o Carlos Merigo, só vi ontem.

Estou falando do site do guaraná Kuat, aquele que não é Antárctica.


Talvez eu seja antiquado e ranzinza, e apesar de ter gostado, não gostei (mais abaixo eu explico). Isso de web 2.0, colaborativa, "wiki", está me dando nos nervos.


Será que uma quantidade razoável de gente, sem contar os colaboratvios funcionários da empresa que o criou, entra no site, acha legal e participa com felicidade? Eu, quando não trabalhava com essa parada de propaganda e internet, às vezes até entrava em um site desses, e em 1% dessas vezes, até me cadastrava para participar das brincadeirinhas. Acontece que mesmo quando eu participava, nunca encontrava motivo ou me lembrava de voltar ao dito cujo.

O site do Kuat é bonito e tenta ser útil. Oferece um lugar para fazermos nossa "lista de sonhos", e ainda que pareça interessante, não consigo imaginar uma quantidade razoável de gente utilizando o "aplicativo". Criaram também uma espécie de fórum, no qual as pessoas dão dicas e falam sobre diversos assuntos, como morar no exterior, por exemplo.

Todo o conteúdo está conectado, e tudo seguindo fielmente o conceito que gerou o slogan "A gente muda, o mundo muda". O site é um exemplo perfeito da wiki-web, mas será que um site lindo, moderno e caro desses acrescenta algo bom para a marca em um número relevante de pessoas?

Essa pergunta só vai se calar na minha cabeça no dia que, generosamente, alguma das agência/ empresas/ produtos que figuram por aqui, me mandar uma pesquisa mais que completa com os resultados das propagandas, sites e campanhas que tanto critico.

Nesse dia, eu coloco fogo no blog e me matriculo em um curso de engenharia civil. Por enquanto, sigo queimando os outros.